Você já deve ter se perguntado, afinal, como os santos podem interceder por nós se a bíblia diz que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens? Vamos entender essa história.
De fato, em 1 Timóteo 2, 5, está clara a afirmação desta relação mediadora entre o divino e o humano.
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm. 2, 5).
No entanto, de acordo com padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, Cristo não atua sozinho, pois Ele possui um corpo que é formado pela Igreja. “Nós somos membros do corpo de Cristo”, explica.
Mas se os santos já morreram, como a intercessão pode acontecer?
Conforme a Sagrada Escritura, em Romanos 8, 35-39, nem a morte pode nos separar do amor de Deus. A partir do sacramento do batismo, temos a Salvação Eterna, pois nos tornamos membros do corpo de Cristo. Santa Teresinha do Menino Jesus nos evidencia isso, quando antes de morrer, disse: “Passarei meu céu fazendo bem na Terra”.
“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”, (Rm 8, 35-39).
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, capítulo 956:
“Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na Terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49).
Segundo João Antônio Johas, em matéria para o site Jovem de Maria, Deus nos criou para dependermos do próximo. A partir dessa dependência, Ele age pela ajuda que prestamos uns aos outros. “Quando nos ajudamos uns aos outros por meio da oração, da intercessão, o próprio Deus é quem nos ajuda”, afirma.
A 25ª Sessão do Concilio de Trento (1545-1563) , confirmou que: “Os santos que reinam agora com Cristo, oram a Deus pelos homens. É bom e proveitoso invocá-los suplicantemente e recorrer às suas orações e intercessões, para que vos obtenham benefícios de Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, único Redentor e Salvador nosso.”
O Catecismo da Igreja também nos mostra o papel de Maria como intercessora:
“Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, (...), até a perpétua consumação de todos os eleitos. (...). Ela continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna”.
Diretor da Academia Marial, padre Antônio Clayton Sant’Anna, diz que não existem provas concretas para o poder da intercessão de Maria, mas sim elucidações e interpretações. “Não existe prova por ‘A+B’. Maria não precisou ser definida como dogma, ela entrou na vivência da fé cristã", declara. O padre ainda cita quatro provas da intercessão:
- Passagem bíblica que retrata o episódio das Bodas de Caná (cf. Jo 2, 1-11);
– Ave Maria (cf. Lc 1, 28);
– A narrativa da encarnação (cf. Lc 1, 26-38);
– A passagem bíblica que retrata Nossa Senhora junto à cruz (cf. Jo 19, 26-27).
Por fim, santos não fazem milagres, mas levam os pedidos até aquele que faz. Além disso, tem o papel de rezar por cada um que pede a intercessão deles. A Igreja Católica acredita que quando um santo morre, ele vai imediatamente para o céu.
Agora que você conseguiu reconhecer que o poder da intercessão é verdadeiro, não deixe de celebrar o dia de Nossa Senhora do Carmo na próxima segunda (16). Deus abençoe e até a próxima matéria. Não esqueça de compartilhar com seus amigos para que mais pessoas conheçam a verdade sobre nossa fé!
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