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Foto do escritorJoão Lucas Martins

Série Sacramentos Católicos: Reconciliação ou Penitência

Atualizado: 8 de ago. de 2018

Chegou a vez de falarmos sobre a Reconciliação, o sacramento mais temido por muitos, rejeitados por outros e questionado pelo mais leigos. Muitas pessoas não tem tanto conhecimento sobre o assunto e acabam questionando a validade deste sacramento. Nossa missão é fazer com que você entenda tudo a partir de agora!


A reconciliação ou simplesmente confissão, é o Sacramento que tira do pecado o ser humano e nos reconcilia com Deus, reforçando a aliança e garantindo a alma limpa e, com isso, traz nossa salvação.


Todos nós precisamos reconhecer que somos pecadores, assim como já dizia na bíblia:


“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade” (1 Jo 8-9).


Temos que entender também que este sacramento é bíblico e não algo inventado pela igreja. Olhe só onde ele encontra-se na sagrada escritura:


“aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia” (Prov. 38, 13). “Não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai-vos antes de morrer” (Ecl 17, 26).


Mas por que se confessar com o Padre, sendo que ele também é pecador?


De acordo com a Igreja Católica, durante a confissão, o padre está In Persona Christi, ou seja, na Pessoa de Cristo. Sendo assim, ele tem autoridade de perdoar os nossos pecados. Durante a ordenação dos padres, as mãos são ungida com o óleo santo por completo tornando-o consagrado e entregue a Deus. Por esse motivo, o padre tem o poder de te ajudar na confissão.


Mas se tem o Ato Penitencial na Santa Missa, porque preciso ainda me confessar?


O Ato Penitencial serve para perdoar apenas o pecados veniais, aqueles cometidos no dia a dia que não tem o poder de condenação, como por exemplo, palavrões, ofensas e alguns pequenos atos que desagradam a Deus.


Por sua vez, resta os pecados mortais, aqueles que podem nos levar para o inferno como o roubo, o desrespeito a Deus e aos pais, a não santificação dos dias sagrados, até mesmo a falta de castidade, entre outros.


Como fazer uma boa confissão?


Procure um Padre, peça para que possa se confessar e tenha certeza de que onde ele estiver, ele o fará. No começo, conte um pouco de sua trajetória, seu nome e até mesmo a idade para criar uma relação intimista com o sacerdote e ficar mais à vontade.


Assim, você pode ir conduzindo sua confissão como se fosse mais uma conversa qualquer, mas dessa vez você estará sendo livre para falar o que quer, suas angústias e decepções, erros e dificuldades, sem rótulos, é você e o próprio Cristo em sintonia.


O Padre irá te ajudar, auxiliará no que precisar, te dará uma palavra de coragem e te mostrar um sinal de esperança por meio da fé e da oração, além de claro, te livrar dos pecados.


Se preferir, essa confissão pode acabar virando uma direção espiritual, que é basicamente uma “terapia” que temos com frequência com o Padre. Você o visitará com mais periodicidade e poderá ter um laço de ajuda a longo período. Servindo como uma espécie de psicólogo para a alma.


Ao final da confissão, ele te dará uma benção especial e, às vezes, uma penitência mínima para a eliminação total dos pecados, que podem ser cumpridas ali mesmo na Igreja. Essa penitência pode ser dada em forma de oração, como rezar 10 ave-marias.


Indulgência Plenária


O pecado tem duas consequências: a culpa e a pena. A culpa por ter cometido aquele pecado é perdoada na Confissão. Já a pena, que é a desordem que o pecado provoca no pecador e nos outros, é que precisa ser reparado por meio da indulgência.


Essa pena, que pode ser também um ferimento, assim como aquela deixada por um machucado profundo em seu corpo, fica lá guardada na sua memória e você sempre irá lembrar daquele machucado.


Com a indulgência, aquela pena que tínhamos, aquele sentimento pesado que continua a nos perseguir, é eliminado por completo.


Para receber a indulgência, devemos fazer algumas coisas já previstas pela Igreja. É preciso se confessar, comungar e rezar pelo Papa. Fazendo isso estará recebendo a indulgência. Não existe dia específico para receber este recurso. Pode ser em qualquer dia do ano.


Espero que tenha gostado e entendido um pouco sobre este fundamental sacramento. Procure um Padre se estiver confortável e busque a reconciliação com Deus. Fique em paz!

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